sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A alma inquieta

A alma inquieta se alimenta de fortes emoções,
Mas somente as fortes, grandes...
Daquelas que lhe derrubam só com o olhar..
E lhe deixam dias jogado pelos cantos
Ou alegrado por um canto que dela lhe faz recordar
Para uma alma inquieta saber que está vivo não é suficiente
É preciso ter a certeza, comprovada empíricamente no dia-a-dia
Arriscando-se por pouco, deixando a vida por um fio
Para que com um sorriso quase doentio, possa assim se comprovar
Ela viaja sem rumo, sem sonhos ou futuro
Apenas com um desejo profundo
de se alimentar, mais e mais...

Até que um dia, não há fortes emoçõeses que a satisfaça
Não há amores, dores ou alegria
Tudo ja foi visto, e haja visto, em excesso!
E chega a última forte emoção...o último alimento
A frustração da fome, e então, a alma inquieta timidamente...
Se aquieta...

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