sábado, 16 de janeiro de 2010

A evolução do Homem

Uma das grandes perguntas que me afligem é como nós, seres humanos, conseguimos chegar onde chegamos. Não que eu duvide de nossa capacidade, mas como que uma espécie inútil ao ponto de criar 10 edições do Big Brother chegou ao topo da cadeia alimentar?!
Alguns sabichões podem dizer: "foi graças ao nosso desenvolvimento intelectual". Mas por que diabos fomos inventar de seguir esse caminho na árdua trilha da evolução? Não seria mais fácil e prático termos um chifre por exemplo?
Após um retiro intelectual(e várias doses de caipirinha) acredito que tenha chegado a uma resposta.

Se tem algo que eu aprendi com a bíblia é que Eva era uma puta! E isso faz de nós, seres humanos e descendentes dela, um bando de Filhos da Puta! Mas calma aí amigo, não leve pro lado pessoal... Foi exatamente essa nossa filhadaputice que nos possibilitou chegar onde chegamos. O mundo é um lugar cruel, e na natureza é matar ou morrer; entretanto o ser humano é a única espécie da Terra capaz de sacanear.
Você pode dizer: "ah, mas tem um monte de animal que mata os outros! E isso é uma puta sacanagem". Tudo bem, é verdade, mas eles fazem isso pra sobreviver, nós somos capazes de sacanear os outros sem nenhum motivo.

E foi exatamente essa nossa filhadaputagem intrínseca que nos fez evoluir. A necessidade de se defender da filhadaputagem alheia, junto com a vontade de sacanear o próximo fez com que nosso cérebro chegasse a um nível nunca antes alcançado no planeta. Lembre-se de quando você era criança; será que você teria toda a sua malandragem e malemolência sem todas aquelas brincadeiras do tipo "você conhece o Mário" que rechearam a infância de qualquer ser humano normal? Claro que não! Provavelmente seria tão trouxa que até um urso panda iria te passar a perna.

Até consigo imaginar por que criamos a linguagem... Provavelmente foi algum filho da puta querendo inventar uma calúnia sobre um amiguinho, não me surpreenderia em nada se descobrissem que a primeira frase dita pela raça humana foi: "O fulano é viado".
E o andar ereto? Nem precisa pensar muito. Provavelmente algum macaco protótipo de humano-filho da puta, querendo ficar com uma árvore só para si, inventou que andar na grama fazia bem pra pele.. E lá se foi uma horda de idiotas, revolucionando a locomoção terrestre apenas por uma pele sem espinhas.

O tempo foi passando, fomos evoluindo, mas em nenhum momento perdemos nossa filhadaputagem. É só olhar o mundo hoje, nós chegamos a um nível de levarmos espécies a total extinção apenas para fazer alguns casacos mais estilosos. Eu realmente não consigo imaginar em uma sacanagem maior que essa.

E é aí que está o grande problema dos tais "sistemas perfeitos", justos e nobres; como o socialismo ou o anarquismo... Nenhum deles leva realmente em conta a natureza filhadaputa do ser humano, o fato de termos uma necessidade de sacanearmos o próximo e destruirmos as coisas a nossa volta sem nenhum motivo aparente.
E é por isso que devemos nos contentar e até mesmo apoiarmos o nosso grande mundo capitalista atual, um lugar em que existem milhares fazendo dieta, e outros milhares morrendo de fome; onde alguns poucos coordenam a destruição dos recursos do planeta apenas pra ganhar mais dinheiro, afinal é um mundo perfeito para um bando de filhos da puta!!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tô ficando velho...

Nunca pensei que isso fosse ocorrer comigo, mas acho que estou ficando velho(não, não dei uma broxada, estou falando de velhice de espirito mesmo).
Até pouco tempo achava que iria ter uma velhice inteligente e saudável, que nunca ficaria desatualizado com as coisas. Ficar igual aos meus pais, que mal sabem operar um controle remoto era fora de questão. Sou um filho da era da informação, desde novo me habituei a operar as mais diversas interfaces. Desatualização? Nunca!

Pura ilusão. Estou começando a perceber que a variedade das coisas estão me incomodando, como incomodam um velho. Eu não tenho mais paciência para ficar decorando raças de cachorro. Na minha época só existiam pastor alemão, doberman e vira-lata. Agora foram inventar uma porrada de raças mutantes, me obrigando a ignorá-las com muita rabugice e chamá-los todos indiscriminadamente de "cachorro".

Com música é a mesma coisa, esses dias eu ouvi uns adolescentes no ônibus conversando sobre as diferentes vertentes do emo e descobri que existem vários tipos: emo, screamemo, techno emo... Sinceramente, não sei e nem quero saber diferenciar, pego tudo e coloco em uma única classe: "música de viado", assim como meu vô fazia com Black Sabbath e Elvis Presley: "música do capeta".

Tinha a seguinte convicção: não importa qual será a minha idade, pelas coisas que vejo hoje em dia, acho difícil o comportamento dos jovens do futuro me chocar como minha avó se choca ao ver uma garota de 13 anos ficando grávida. Porra, eu já vi fotos e vídeos de gente comendo merda, fazendo sexo com defunto, molestando crianças de 5 anos... Nenhuma me chocou. O que será que meus netos vão arrumar para que eu fique indignado e esbraveje em pleno jantar: "MEU DEUS! onde esse mundo vai parar?!".

Quando penso nisso fico com medo, pois estou percebendo com esses detalhes bobos como "cães" e "música" que minha convicção é furada e que os meus descendentes certamente vão encontrar alguma forma de me chocar. A natureza é assim, não tem jeito. Até o Ozzy se choca com as bizarrices de seus filhos. O Ozzy! O que será de mim?!

É uma agonia profunda. Estou aqui tentando pensar em algo que possa me escandalizar, para ter alguma pista do que esses filhos da puta vão inventar. Comer carne humana viva? Não. Criar uma raça de "cachomem" (DNA de homem misturado com cachorro)? Não. As máquinas dominarem o mundo e aprisionarem os humanos em casulos apenas para garantir a geração de energia? Não!
Porra! Nada me choca!

Uma das constantes de nossa sociedade é que a próxima geração sempre irá chocar a anterior. O problema é que estamos chegando em um ponto de "evolução" em que isso está cada vez mais difícil. Só nos resta rezarmos pelo fim do mundo em 2012, por que eu não quero estar vivo para ver o que a nova geração fará pra me deixar chocado!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Viva a pirataria 2.0 alpha

É raro ver alguém que defenda com unhas e dentes a pirataria. No máximo as pessoas a justificam com alguma desculpa esfarrapada, dizendo que é um sintoma da desigualdade social. E o caso não se restringe aos pobres camelôs. Até mesmo quem pratica a pirataria “mais sofisticada”, catando uma MP3 aqui e crackeando um Windows acolá, não consegue se livrar de um certo complexo de culpa quando escuta o discurso lamurioso da indústria fonográfica e dos fabricantes de software: “A pirataria não gera empregos! A pirataria não paga impostos!”.

Pois eu digo que o crescimento nos últimos anos dos mais diversos tipos de pirataria, seja graças à internet ou aos bons e velhos chineses, é a maior arma que a sociedade possui para conseguirmos passar ilesos por esta dita “era da informação”.

Houve uma época onde a coisa mais importante na economia era comida (bons tempos feudais que não voltam mais). Tão importante que a maioria das teorias econômicas se baseavam em grãos de trigo. Uma delas, muito legal por sinal, era a de Thomas Malthus. Para simplificar, ela dizia o seguinte: a população cresce em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32..) – afinal, fazer filho é muito gostoso (ele realmente diz isso); já as reservas de comida crescem em progressão aritmética (1, 2, 3, 4...) – a produtividade das terras é limitada e seus recursos são escassos. Conclui-se então que um dia este sistema vai dar merda. Muita boca para pouca comida. Mas aí tudo bem, Deus é um cara sábio, mata 90% da população de fome e o ciclo começa novamente. Uma guerra de vez em quando para matar todo mundo também é bem vinda...

Hoje o que movimenta a economia é conhecimento, tecnologia, informação, cultura, diversão... Ninguém sabe mais se trigo nasce em árvore ou se vem da galinha. E isso só foi possível porque o problema do crescimento populacional foi resolvido (na parte do mundo que vale a pena, esquece essas merdas debaixo do equador) e as pessoas descobriram que ver televisão e jogar video-game é muito mais gostoso e prático do que fazer filhos.

Nesse cenário, o discurso de Malthus se inverte. A quantidade de imbecis produzindo informação cresce em progressão geométrica (músicos de sertanejo, atualizações do Windows, escritores, revistas, programas de TV...) - afinal, viver vida de celebridade é mais gostoso; já a nossa capacidade de assimilar toda esta nova informação cresce apenas em progressão aritmética (afinal, só temos um cérebro). Não é preciso ser nenhum gênio para descobrir que, se ficarmos de braços cruzados, um dia Deus vai ter que baixar na área e matar 90% da galera que insiste em nos entupir com cada vez mais informação.

Afinal, de quantos ex-BBB´s nós precisamos? Quantas celebridades se revezando semanalmente em fofoquinhas mostradas pelos programas de TV são necessárias para nos entreter? Uma nova versão do Photoshop a cada 4 meses não é um pouco de exagero? Uma banca de jornal hoje em dia possui mais títulos do que a biblioteca do meu colégio tinha quando eu cursava o ginásio!

É nesse ponto que a pirataria entra para nos salvar. A cada MP3 que baixamos, mais miserável fica aquele maldito grupo de Axé. A cada software pirata que instalamos, um programador sueco fica sem dinheiro para comprar Prozac e se suicida. A cada camisa da Nike falsificada que vestimos (marca também é informação), menos jogadores de futebol vão ostentar carrões importados. Com esta escassez de recursos forma-se um ciclo virtuoso e, pouco a pouco, aquele sonhado ponto de equilíbrio onde apenas “informação relevante” é produzida vai se aproximando. O mundo poderá se ver livre de quem só quer alugar um espacinho no nosso cérebro para faturar mais dinheiro e ostentar uma vida de luxo e riqueza. O caminho fica livre para aqueles que querem apenas passar a sua mensagem e receber o que é justo por isso.

Fique satisfeito por cada ato de pirataria que você já cometeu (e vai cometer ainda mais a partir de hoje). Você está contribuindo para que o joio deixe de ser irrigado e no final só reste o bom e velho trigo, que a era da informação está quase nos fazendo esquecer de onde ele vem.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A alma inquieta

A alma inquieta se alimenta de fortes emoções,
Mas somente as fortes, grandes...
Daquelas que lhe derrubam só com o olhar..
E lhe deixam dias jogado pelos cantos
Ou alegrado por um canto que dela lhe faz recordar
Para uma alma inquieta saber que está vivo não é suficiente
É preciso ter a certeza, comprovada empíricamente no dia-a-dia
Arriscando-se por pouco, deixando a vida por um fio
Para que com um sorriso quase doentio, possa assim se comprovar
Ela viaja sem rumo, sem sonhos ou futuro
Apenas com um desejo profundo
de se alimentar, mais e mais...

Até que um dia, não há fortes emoçõeses que a satisfaça
Não há amores, dores ou alegria
Tudo ja foi visto, e haja visto, em excesso!
E chega a última forte emoção...o último alimento
A frustração da fome, e então, a alma inquieta timidamente...
Se aquieta...